quinta-feira, 27 de março de 2008

depois de Areias, o mundo...

Monteiro Lobato não nasceu escritor. Nem Rangel. Os dois se escreveram, mutuamente. Como entender a gênese de seus respectivos contos (de Lobato) e romances (de Rangel) se não os acompanharmos na viagem com a "barca"?
(...) "estamos como içás que derrubam as asas e afundam no buraquinho" (...)
Lobato vai sair de Areias, um dia. E Rangel, ah, como um fiel servidor, continuará de guarda, a postos desde seu buraquinho:
(...) Nossas cartas são como o rabinho de rato que Hansel mostrava para a velha feiticeira. Somos a velha feiticeira um do outro. Você estira o rabinho de rato epistolar para que eu veja como está gordo e forte no estilo; eu faço o mesmo. Mas que assuntos, que temas, podem existir dentro de caixas? (Carta a Rangel in A barca de Gleyre, 1961, p. 220)
Lobato.
Areias, 1908 possivelmente entre setembro e outubro

1 comentários:

Marisa Aderaldo disse...

90 ANOS DE URUPÊS!!!
1918-2008
Livro que já nasceu como obra-prima. Junto com o Saci (janeiro de 1917, seu primeiro êxito editorial, financiado com recurso do escritor.